quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Participar na festa é que é!" (Crónica)



Texto: Miguel de Sousa Azevedo
Foto: Rodrigo Bento



Estar por dentro de um acontecimento como o 30º Rali Sical seria, por si só, motivo de contentamento. Quer pudesse fazê-lo em apoio à organização e visando a parte social do rali – como de há seis anos a esta parte -; na cobertura online da prova – como nos últimos quatro anos –; ou até relatando depois os factos da mesma, o que até acabou por acontecer. Mas desta vez a coisa fiou mais fino e, graças ao convite para a época feito pelo Marco Veredas, o Rali Sical foi a minha estreia num certame do campeonato açoriano da especialidade, e logo para navegar um piloto com cartas dadas e reconhecido pela extrema rapidez e agressividade ao volante. O nono lugar da tabela final, alcançando a quarta posição na Formula 3, categoria onde estivemos sempre nos lugares cimeiros, - rodando mesmo em segundo na fase inicial do certame -, acabou por ser um final merecido para uma actuação com alguma limitações, mas onde o ambiente vivido a bordo do Citroen Saxo Cup com as cores da “RC-Automóveis” se pautou pelo entendimento e plena diversão.

O rali foi corrido a um ritmo elevadíssimo, e isso comprova-se facilmente com os tempos alcançados, onde os F3 estiveram em grande destaque. Pilotos como Artur Silva – merecidíssimo vencedor da categoria -, Henrique Moniz, Carlos Costa, César Silva e restantes contribuíram para uma jornada em grande. No nosso caso particular, e conforme prevíamos, a utilização de uma caixa de velocidades com uma relação mais curta que a habitual no Saxo do Marco, acabou por ser uma dificuldade acrescida em grande parte do rali, pois o carro tinha pouca velocidade de ponta e perdemos algum tempo com isso. Assim mesmo o resultado foi extremamente positivo, e contra factos não há outros argumentos: a concorrência esmerou-se e isso só valorizou a generalidade das prestações.

A título pessoal senti que assim também pude evoluir de algum modo no papel de navegador, até porque os troços não eram de todo fáceis, e mais que o “cantar” das notas há toda uma gestão do tempo e da disposição “onboard” que pode e deve caber ao homem do lado direito. Felizmente tenho tido a sorte de andar com pilotos talentosos, bem como de ter vários amigos com muita experiência que, na hora de dar qualquer conselho, também frisam que o cunho pessoal conta muito. E não haverá como tentar aprender com os melhores!

Parabéns ao TAC, à Sical, e a toda a envolvência de um grande rali, que foi uma festa dos automóveis em todos os sentidos, e como na Terceira tão bem se sabe viver…

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