Foto: Isabel Ávila
Marco Veredas e Miguel Azevedo não concluiram o Rali Sprint "Restaurante Garça", prova que animou o fim de tarde e a noite deste sábado na Praia da Vitória, desisitindo após o segundo troço quando eram os terceiros da geral.
Um problema na embraiagem do Citröen Saxo Cup - exactamente um rolamento gripado - precipitou o abandono, numa prova "que estava a correr dentro das previsões, mesmo se furamos no primeiro troço", disse o piloto.
Numa jornada que "não contava para nenhum campeonato, e onde o objectivo era apenas a diversão e participar num evento diferente", Marco Veredas lamentou o sucedido, explicando que "optamos por parar, de modo a não aumentar os danos, pois temos uma prova importamte daqui a três semanas, o Rali Ilha Lilás", referiu.
A prova praiense foi ganha por Fernando Meneses, em Subaru Impreza, seguido dos Citröen Saxo de Artur Silva e Tiago Valadão.
Foto: J. Godinho
Marco Veredas e Miguel Azevedo disputam esta sexta-feira o Rali Sprint "Restaurante Garça", uma prova extra - em jeito de super-especial - que irá animar a Avenida Beira Mar e zona da Marina na Praia da Vitória, a partir das 20 horas.
A dupla do Citröen Saxo Cup ostentará pela primeira vez o número 1, esperando "alcançar um bom resultado numa prova sem responsabilidades" e onde aproveitar "o esperado ambiente de festa será o único objectivo", referiu o piloto da equipa.
Numa época que está correr "bem dentro das nossas expectativas", Marco Veredas salienta que a prova de amanhã "será quase uma lotaria, pois tem um percurso muito sinuoso -com apenas 1100 metros -, onde a maneabilidade poderá vencer a velocidade", pelo que "vamos rodar com os naturais cuidados de quem quer fazer quatro bons tempos nas várias passagens", afirmou.
Como curiosidade, assinale-se que a jornada praianse será a prova nº70 averbada no passaporte técnico do Citröen Saxo Cup de Veredas, uma viatura ex-campeã nacional de Promoção, que o piloto de Angra adquiriu em 2007 ao continental Luís Cardoso.
A dupla Marco Veredas/Miguel Azevedo comanda, a duas provas do seu final, a edição 2011 da Taça de Ralis Além Mar do Grupo Centrall. A altura é pois de balanço da temporada para o rápido piloto, que assume a regularidade como o grande trunfo até agora…
Marco Veredas:
“Estamos a correr também a pensar nos pontos…”
Que balanço pode ser feito da corrente temporada?
MV- Penso que é um balanço muito positivo, especialmente em termos globais e pelas pontuações conseguidas, que nos dão o primeiro lugar da taça de ralis. Em termos de andamento talvez não tenhamos alcançado o ritmo desejado, mas algumas opções no carro não tiveram os efeitos esperados, mesmo se na última prova – Rali da Graciosa – me senti mais à vontade com a nova caixa de velocidades e o equilíbrio conseguido. Este ano, optámos por tentar conquistar a Formula 3 na taça do grupo central, até porque pensar em campeonatos regionais está fora de questão, e continua a ser esse o objectivo. A fase final será em terra pelo que, em condições normais, manter a liderança será quase impossível, mas vamos dar o nosso melhor em todas as provas até ao fim do ano.
Como tem estado o Saxo Cup? E para quando a estreia do Mitsubishi EVO7?
MV- Como disse tivemos de optar por uma relação de caixa diferente da que estava habituado e, confesso, tive dificuldades em me entender com uma forma de guiar diferente, pois a caixa a isso obriga. De resto, vamos tentando encontrar as melhores afinações num carro que continua a dar muito gozo de conduzir e a provar a sua fiabilidade. Quanto ao Mitsubishi, é uma vontade minha, a de correr num 4x4, mas as coisas estão a ser feitas com calma e sem grandes custos ou ambições. Será um mini-grupo N, já com alguns anos, e ainda não sei quando será estreado.
Vai haver ainda quatro provas este ano na Terceira. Quais são as vossas aspirações?
MV- O melhor resultado em cada uma delas. Alinhamos nos ralis para andar depressa e, no caso das provas pontuáveis para a taça, haverá sempre um cuidado para garantir boas pontuações. Nas restantes, os primeiros lugares da F3 são sempre o objectivo, mesmo num ano em que a concorrência está muito forte. São essas lutas que motivam uma equipa a competir.
Tem sido fácil manter-se ao volante todos estes anos?
MV- Nem sempre. Felizmente este ano conseguimos um patrocinador - a "RC Automóveis" - que deu uma grande ajuda para suportar a época, mas é sempre com esforço pessoal e muita vontade que estamos nos ralis. Os grandes apoios estão todos destinados, pelo que vamos fazendo as nossas provas, mas sem exageros, pois o orçamento está destinado e não convém haver problemas ou acidentes. Mas o gosto de correr continua presente, felizmente.
Foto: Isabel Ávila
